Fim do mundo
Rabiscado por Bianca Azulay , sábado, 21 de maio de 2011 19:18
Fiz uma historinha meio que baseada do pseudo-fake-suposto fim do mundo hoje, nas aventuras românticas da minha mãe (que namorou um professor de física, é.. pois é xD) e em minha pessoa.
Pois é, eu ia fazer um texto critico, mas eu tô tão sem saco, tão sem nem um pingo de vontade que não vou fazer. Outro dia eu faço, assim espero 8DD
AAH Amanhã vai ter o Borandá Brasil lá no Dragão do Mar. Vale a pena ir, com certeza!
É uma apresentação do coral da UFC, mas tipo... uma apresentação MUITO MASSA, FODONA. Porque o coral da UFC é muito supremo *-*
Tem as informações no site do Dragão e tem alguns vídeos do Borandá no youtube, é muito show.. <3
Aí amanhã eu venho aqui e digo que todo mundo desafinou ou que não consegui o ingresso ou que foi cancelado ou tudo junto sei lá HOSAHUSDOISUADH do jeito que eu tenho uma relação bem íntima com a lei de Murphy. xDDD
Enfim, se tiverem paciência, o texto tá aí em baixo. Tá um cocô, mas eu tenho que atualizar o blog sem ser só com vídeo, né? XDDD
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Ela tinha se acordado mais cedo para apreciar os derradeiros raios de sol. Debruçada na varanda, sentia a brisa fria amornando e imaginando o que faria naquele dia. Era estranho saber que a noite não restaria mais nada, que todos que ela conhecia estariam mortos... inclusive ela.
Convenceu-se da certeza daquele destino. Tinha que ser assim.
Ouviu seus familiares se acordando preguiçosamente, será que eles sabiam que aquele dia seria o último? Ela inspirou profudamente e foi encontrá-los com um sorriso.
- Bom dia!
Olharam para ela de relance, como normalmente fazem e gruniram algo como um 'bom dia'. É, eles não sabiam que aquele dia era o último.
Foi arrumar-se para ir a aula. "Não irá restar mais nada amanhã"
O que ela faria naquele dia? Todos seguiam normalmente suas vidas, tomavam o café da manhã, discutiam, riam, conversavam... estava tudo tão normal. Será que ela deveria perturbar a paz de cada um? Não era justo, era melhor que só ela soubesse da situação e que a angustia fosse apenas dela. Deixava os outros viverem, nenhum desespero.
Chegou no colégio com seu coração de 15 anos aflito. Passaria uma boa parte do tempo ali, era onde ela queria estar? Era o fim do mundo, afinal...
- Luana! E essa cabeça baixa? - perguntaram.
Ela nada respondeu, ainda estava pensando em como encarar aquele dia. Era tão jovem, tão...
- LUANA, CUIDADO!
- Não grita!! Eu vi o degrau...
Na verdade nem tinha visto, estava apenas fazendo de conta que prestava atenção no que sua amiga falava. Lembrou-se de como aquela sua amiga a protegia, já estava na hora de tira-la daquele posto.
- Ei débora, obrigada! Você sempre ficou do meu lado e acho que deveria dar um tempo para si mesma.
- Do que você está falando?
- Nada não, mas é a verdade.
Subiu e foi para sua sala.
O coração daquela jovem garota agora estava em suas mãos suadas, tremidas, geladas. Tinha chagado a hora de continuar seu plano de último dia.
De longe, ela apreciava aquele professor que seus vinte e poucos anos. Voz rouca, olhar gentil e, a parte que a mais perturbava, vivia com um sincero sorriso estampado naquele rosto juvenil.
Durante os últimos anos ela o admirava de longe e esperava ansiosamente pelas aulas de Física. Era a melhor aluna, apesar de suas preferências serem outras.
- Professor, andei pesquisando sobre a revolução copernicana e eu tenho uma dúvida...
Sempre servia para iniciar conversa com ele, era infalível. Ele sempre respondia com animação, com um brilho nos olhos que deixava a jovem totalmente alheia ao mundo ao redor.
Mas era só isso.
Ela olhava o horário das aulas, tinha vezes que ele ia tão cedo. O que ela podia fazer senão observá-lo indo, sem poder pará-lo e com medo do que falariam.
Não agora, seria o fim do mundo mesmo, não era? Não tinha o que temer.
Contudo, o medo de ser rejeitada ainda a perseguia...
"Pensando bem, eu nem vou me lembrar disso, não é?"
Com passos lentos e receosos, aquela garota foi até seu professor e disse que tinha algo em particular que queria lhe falar.
- Mais alguma dúvida?
- Antes fosse... - sussurrou-
Ela o puxou para fora da sala e esperou que todos os alunos entrassem para suas respectivas aulas, enquanto isso ele nada entendia. Estava privado de entrar na sala por uma menina de 15 anos.
- P..pr...profes..
- Chame só de vitor, você está demorando muito. - sorriu
Ela começou a rir também, pra que se importar?
- Tá certo, vou ser bem direta então... vitor.
- Diga.
- Não é nada demais, só pra dizer que... como eu posso começar?
- A gente tem aula, luana...
- Não, não temos! Vamos sair daqui.
Pronto, ela conseguiu o fio da meada, a energia de ativação
- Como assim?
- Vamos embora, deixar esse colégio por um dia, pegar um carro e sair sem rumo
Ele ficou calado, esperando que ela terminasse.
- Deixar que a estrada nos leve para algum lugar que ainda não sabemos, apenas para ficar...
- Para ficar...?
- Apenas para ficar juntos.
Um sorriso apareceu naturalmente em seu rosto. "O mundo já podia acabar agora", pensou já que não queria ouvir a resposta.
- Você tem sorte.
- S-sorte?
- Botei gasolina hoje.
Ela não podia acreditar, agora sim o mundo podia esperar o tempo que fosse para se acabar.
Saíram as escondidas do colégio, será que ele sabia que aquele era o fim do mundo? Deixar a aula daquele jeito, os alunos, além do risco de ser demitido ou será que ele simplesmente não se importava?
Pegaram a estrada.
Aqui param meus poderes de onisciência, havia naquele momento algo que não consigo escrever. Observei, senti mas não consigo expressar por aqui em palavras.
O sol começava a se pôr e a garota lembrava que o fim do mundo estava próximo, amanhã não restaria mais nada.
- Tem planos para domingo?
- ... Nenhum, quer incluir algum?
E ele começou a falar do que gostaria de fazer, mas domingo o professor não seria mais ele. Ela mesma não seria ela. Tudo mudaria, o fim do mundo está próximo, não é?
- É melhor voltarmos, seus pais já devem estar preocupados.
Soltou um longo suspiro.
- É o jeito.
Voltou para casa.
Sua mãe, como sempre, a recebe de braços abertos.
- LUANA! Eu vi sua mensagem no celular, NUNCA mais faça isso! A propósito, ontem você não tomou seu remédio.
- Ah, foi mesmo... - disse com um sorriso abestalhado no rosto
- Não faça mais isso, sabe o que acontece.
- Então... então o mundo não vai se acabar?
- Não hoje, nem amanhã...
Abaixou a cabeça e foi para sua cama. Mais uma vez sua mente a confundia.
"Mas eu tinha certeza que seria hoje... bom, não importa. Não posso esquecer de tomar os remédios"
O mundo não acabou. Nem irá acabar tão cedo, é que na cabecinha de luana, os sonhos eram tão reais que a própria realidade era confusa.
Lembrou-se no outro dia que não tinha nem iniciado uma conversa com aquele professor. Abriu o caderno na página daquela aula e viu lá um texto.
"De longe, ela apreciava aquele professor que seus vinte e poucos anos. Voz rouca, olhar gentil e, a parte que a mais perturbava, vivia com um sincero sorriso estampado naquele rosto juvenil. [...]"
Entristeceu-se, sua cabeça tinha a confundido até nisso.
- Luaana!
- Aqui, professor...
- Professor? Já não disse para me chamar de vitor?
Engoliu seco. Não sabia mais o que era real ou não, talvez ela devesse ficar completamente confusa, mas ela apenas sorriu e se conformou.
- Tá certo, vitor.


Esquizofrenia truando! :D